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Há anos não víamos uma queda tão expressiva de volumes, diz GPA

22 de outubro de 2021
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19:40
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Bruno Marcon
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Presidente Jorge Faiçal diz que é possível perceber claramente o pé no freio dos consumidores, abandonando categorias entre outras medidas domésticas

A deterioração da renda do consumidor por causa do desemprego e da pressão inflacionária já se faz sentir no setor supermercadista. Em evento promovido pela Apas, associação que representa as empresas dos setor em São Paulo, o presidente do GPA, Jorge Faiçal, afirmou que o ano de 2021 foi “mais desafiador” do que era esperado.

“Estamos vivendo um momento de queda de volumes que não víamos há anos”, afirma, apontando que há cautela também para 2022.

Diante desse cenário, a frequência dos consumidores às lojas também tem mudado, diz o executivo. Atualmente as vendas estão concentradas em dias de pagamento de salário, enquanto a segunda e terceira semanas do mês veem as vendas “desabarem”.

“Já fizemos três ou quatro orçamentos de revisão de vendas esse ano. Algumas categorias mudaram para cima, outras que mudaram drasticamente para baixo”, explicou Faiçal, citando como exemplo o segmento não alimentar e o eletroeletrônico, que vivem recuos nas vendas. “O eletro está com bastante dificuldade e não temos expectativa otimista para esse setor, dado o aumento de juros. Além disso, o consumidor que já se abasteceu ano passado.”

De acordo com Faiçal, é possível perceber o consumidor abandonando categorias e se concentrando em produtos baratos. “Preço é rei. Preço e promoção vão ser combinação importante no ano que vem.”

O chefe da XP Empresas, Rodrigo Moreira, destacou que a corretora estima que migração para categorias e produtos mais baratos e de marca própria deve continuar, bem como o avanço dos atacarejos. Ele afirma, no entanto, que o segmento alimentar ainda se mostrará resiliente. “Devemos ver diminuição do desemprego no fim de 2022, para algo no patamar d e 12%, e auxílio deve adicionar renda, fazendo com que a perda de renda real não ser tão significativa”.

Ainda assim, a pressão inflacionária ainda deve ser sentida na indústria e ter impactos em 2022.

“Não temos perspectiva radical de mudança na pressão de preços. Continua existindo e não vai se encerrar no ano que vem”, afirma o vice-presidente de gestão de clientes e de relação com associações de varejo da Unilever, Ricardo Zuccollo.

Para Faiçal, a inflação ainda não deve ceder e exigirá mais adaptações do setor varejista. “Vamos ter que vender mais volume para sustentar operações. Se continuar a tonelagem no mesmo patamar, vamos ter que falar em proteção de caixa e redução de custo. Mas não é, por enquanto, nosso cenário.”

Fonte: Raquel Brandão, Valor


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