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Lojas



Consumo nos lares brasileiros acumula alta de 5,32% nos primeiros meses de 2021″, diz ABRAS

8 de julho de 2021
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23:17
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Bruno Marcon
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Créditos ao consumidor, medidas sociais do governo e investimentos dos próprios supermercadistas que geraram postos de trabalho, estimularam o resultado

De janeiro a maio deste ano o setor de supermercados acumula alta real de 5,32% (deflacionado pelo IPCA/IBGE). É o que aponta o Índice Nacional de Consumo ABRAS – INC ABRAS nos lares brasileiros calculado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados, ABRAS. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o resultado também é positivo em 2,88%. Contra abril/21, a alta foi de 1,98%.

O desempenho no azul teve influência de um conjunto de fatores. Entre eles, o pagamento da primeira parcela do décimo-terceiro salário para aposentados e pensionistas do INSS na segunda quinzena de maio. Foram R$ 25 bilhões nas contas de 31 milhões de beneficiários. O pagamento do auxílio emergencial por parte do governo também jogou a favor.

“Além disso o setor não parou”, aponta o vice-presidente Institucional da ABRAS, Marcio Milan. “O planejamento feito em 2020 para os primeiros meses agora de 2021 está sendo realizado. E o resultado está aparecendo. Só entre abril e maio passados foram abertas 24 novas lojas no Brasil. E outras 45 passaram por grandes reformas“.

O efeito imediato destes investimentos aparece inclusive na geração de empregos: 30.883 postos de trabalho foram abertos no setor entre janeiro e maio de 2021. E os números de junho vão confirmar a abertura de pelo menos outras 12 lojas. “O investimento que gera emprego acaba voltando para o próprio setor. Os novos funcionários também passam a aplicar parte de sua renda na alimentação da família”, explica Milan.

“O crescimento vem em todos os canais de distribuição, com as vendas no e-commerce subindo muito por causa da pandemia e isolamento social”, disse Márcio Milan, vice-presidente institucional e administrativo da associação.

O resultado até agora deixou a tendência de consumo do setor acima da meta para o fim do ano, de avanço de 4,5%.

Abrasmercado

Em maio o *Abrasmercado subiu 1,52% em relação a abril. A cesta Abrasmercado chegou ao valor de R$ 653,42, contra R$ 643,67 do mês anterior. As maiores altas nos preços da cesta em maio foram: tomate, + 7,12% , biscoito cream cracker, + 3,58%, carne (corte dianteiro) + 3,20, carne ( traseiro) + 3,07% e a farinha de trigo com + 3,02%.

Entre as principais baixas aparecem: cebola – 11,47%, arroz – 1,92%, xampu – 1,20%, batata – 0,86%, feijão -0,83% e queijo muçarela – 0,83%. Destaque para o tomate que, apesar da alta no mês, acumula uma queda de preços de 15,24% no ano. Batata com acumulado de quase 30% de queda de janeiro a maio. E para a cebola a tendência é de mais redução de preços nos próximos meses. Garantia da boa safra.

*A cesta Abrasmercado não é a cesta básica mas, sim, uma cesta composta por 35 produtos mais vendidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica.

Regiões

Em maio as cinco regiões do país tiveram alta nos preços da cesta Abrasmercado. A maior oscilação foi no sul, + 2,10%. A cesta passou de R$ 694,99 para R$ 709,59. O nordeste veio em segundo lugar, com + 2,01%. Lá a cesta subiu de R$ 569,78 para R$ 581,26. Nas capitais e principais regiões pesquisadas, a cesta baixou de preço em João Pessoa, – 0,75%, passando de R$ 557,80 para R$ 553,62 e no Grande Rio, -0,35%, passando de R$ 590,75 para R$ 588,68. A maior elevação no custo da cesta foi em Natal, + 6,51%, saindo de R$ 565,81 para R$ 602,65. Em Fortaleza, alta de 2,25%.

Perspectivas

O segundo semestre do ano reserva expectativas otimistas para o setor. Há fatores a justificar essa aposta. Entre eles a segunda parcela do 13º aos beneficiários do INSS. Auxílio emergencial prorrogado até outubro. 2º lote da restituição do Imposto de Renda Pessoa Física: são mais R$ 6 bilhões pagos aos contribuintes só via I.R.

“E o movimento de ampliação da vacinação também vai reverter em maior e melhor funcionamento da economia, com reflexo sobre o movimento nos supermercados”, avalia Marcio Milan.

Diante das melhorias na economia, com boas perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) e alguns outros setores revisando para cima seus dados para este ano, Milan disse que a Abras deve reavaliar seus números para 2021 em agosto, quando fechará o resultado do primeiro semestre.

“As maiores inaugurações acontecem no segundo semestre. Esses investimentos estão acontecendo. A atual meta, de 4,5%, está com tendência de ser revisada para cima”, afirmou.

De janeiro a maio, o setor criou quase 31 mil postos de trabalho. No total, 24 novas lojas foram inauguradas, empregando 3,55 mil funcionários diretos e totalizando 77.500 metros quadrados de loja.

“O varejo continua investindo. O varejo continua empregando. Hoje temos cerca de 2 milhões de trabalhadores de emprego direto e quando olhamos indireto chegamos a um pouco mais de 3 milhões. É o setor da economia que mais emprega no país”, disse Milan.

Crise hídrica

O vice-presidente institucional e administrativo da Abras também comentou a escalada recente nos preços de energia elétrica. Segundo Milan, a crise hídrica deve atingir em cheio o consumidor nos supermercados ao provocar um crescimento nos custos de toda a cadeia produtiva.

Entretanto, esse impacto deve demorar um pouco para começar a chegar nas prateleiras. “Energia elétrica com certeza vai trazer impacto sobre o preço dos alimentos”, disse.

Milan fez questão de ponderar como o impacto se daria na cadeia de supermercados, uma vez que grande parte das redes negociam a compra de energia no mercado livre. “Desta forma, o impacto para o último elo da cadeia, o mercado, é menor.”

Ele destacou ainda que o consumo de energia nos supermercados é baixo e responde por algo entre 1,8% e 2% da despesa das redes.

“O aumento da energia tem impacto. Mas somos o último elo da cadeia. Quem está nos primeiros elos, como o agronegócio, vai sofrer mais. Basta olharmos produtos industrializados, em que alguns têm a energia como principal insumo. Esses impactos são repassados a cada elo da cadeia e, no final, terá influência sobre o consumidor”, disse.

Fonte: Abras e Cristian Favaro, Valor


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