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Internacional



Varejo de alimentos vende mais na pandemia, mas lucros não acompanham

26 de setembro de 2021
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23:11
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Bruno Marcon
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Demanda por produtos teve alta de 50% no ano passado e impulsionou crescimento das vendas; ao mesmo tempo, custos operacionais também aumentaram

Um relatório divulgado pelo FMI mostra que a demanda por alimentos nos supermercados teve um aumento de 50% no ano passado no mercado americano, levando a um crescimento médio de 15,8% nas vendas de redes varejistas com mais de 100 lojas (considerando apenas mesmas lojas).

De acordo com o The Food Retailing Industry Speaks 2021, a mudança de hábitos dos clientes, que passaram a estocar produtos em um tempo de incertezas e a cozinhar muito mais em casa, fez com que o crescimento das vendas praticamente quintuplicasse em relação a 2019 (quando a expansão havia sido de 3,3% em mesmas lojas, a maior dos quatro anos até então).

Mais de 90% das redes varejistas americanas cresceram mais que em 2019. A maior expansão aconteceu em redes com até 10 lojas, com avanço de 18,5%: os consumidores também priorizaram o pequeno varejo de vizinhança, em um movimento global de proteção aos negócios de menor porte.

Ao mesmo tempo em que as vendas cresceram, porém, os custos também subiram. “Os varejistas de alimentos tiveram vendas significativamente mais altas em 2020, mas as despesas tiveram um grande impacto sobre o resultado final”, afirma Leslie Sarasin, CEO e presidente do FMI. O lucro líquido do varejo supermercadista americano chegou a 3% das vendas em 2020, contra 1% no ano anterior e 1,2% em 2018. A margem bruta ficou em 30,5%, pouco abaixo dos 30,8% de 2019 e acima dos 30% dos três anos anteriores.

As despesas com folha de pagamento e perdas recuaram 1 e 0,5 ponto percentual, respectivamente, no ano passado. Por outro lado, despesas diretamente ligadas à pandemia chegaram a US$ 24 bilhões, metade desse valor em incentivos e folha de pagamento, US$ 5 bilhões na extensão de benefícios, US$ 3 bilhões em suprimentos de limpeza e higienização das lojas e equipamentos, e US$ 1,5 bilhão em logística, tecnologia e delivery. “O crescimento das despesas ligadas à pandemia fez com que os lucros das empresas crescessem bem menos que as vendas”, analisa Sarasin.


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