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Tecnologia



Será que a escassez de chips afeta os pagamentos nos supermercados?

21 de outubro de 2021
 - 
21:40
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Bruno Marcon
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A lâmina de semicondutores enfrenta uma crise global de produção e logística na China

A DMCard, administradora de cartões private label, viu a demanda por crédito aumentar de janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2020. Os cartões que a empresa administra – em sua grande maioria de supermercados – movimentaram R$ 2,8 bilhões nesse espaço de tempo, alta de 39,5% em relação aos nove meses correspondentes do ano passado.

No entanto, as encomendas de novos cartões já sofrem com alta de custos e falta de chips para os modelos bandeirados da empresa. Para esses cartões, cujo chip é obrigatório, a alta prevista é de 15% no preço com prazo de entrega de 60 a 90 dias. Antes, eles eram entregues entre 40 a 45 dias.

“Nosso carro-chefe ainda são os cartões private label. Neles, fazemos o uso da tarja magnética e, por isso, não há previsão de desabastecimento. Ainda assim, os fornecedores têm outras preocupações e preveem alta de 5% a 10% nos preços para o próximo ano”, diz Juliana Julio, gerente de produtos da DMCard.

No caso dos plásticos bandeirados, que operam em mar aberto e não apenas na rede de supermercado que dá nome ao cartão, a empresa também não está desprevenida. “Para os próximos três meses, não há risco de desabastecimento, já que lançamos um produto recentemente e fizemos estoque”, afirma. A alta de até 15% nos preços deve bater no próximo lote, que chega no ano que vem. A empresa diz trabalhar para que esse aumento de custos não seja repassado de forma integral ao cliente.

As dificuldades para emitir novos plásticos chegam em um momento em que o crédito alternativo ao dos grandes bancos, intermediado pelo varejo, fica mais demandado. “Toda crise tem escassez de crédito”, diz Tharik Moura, diretor estratégico da DMCard. Ele conta que a procura pelos cartões de varejistas aumenta quando os bancos tradicionais reduzem a oferta em tempos de crise.

“Corremos mais riscos que a média, pois damos crédito para quem o banco não quer dar. Aprendemos a lidar com isso e concentramos a maior parte dos nossos cartões em supermercados, que é a conta que o consumidor prioriza na hora de pagar”, diz Moura. Ele acredita ainda que a corrosão da inflação na renda dos consumidores é um forte motivador na busca por crédito para alimentação. O ticket médio registrado por compras realizadas nos cartões DMCard, em setembro, foi de R$ 184,84, um aumento de 24,5% em comparação com o mesmo mês de 2020, quando foi registrado R$ 148,46 por compra.

Fonte: Por Talita Nascimento, Broadcast+ Estadão


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