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Consumo de peixes e frutos do mar cresce com embalagens menores

31 de agosto de 2021
 - 
23:02
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Redação SuperHiper
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Em uma parceria com a ABRAS, a Semana do Pescado vai até o dia 15 de setembro, trabalhando a nova estratégia de tornar acessível as proteínas e evitar desperdício

Os brasileiros estão entre os consumidores que mais passaram a gastar com alimentação em casa e a pesquisar preços antes das compras, de acordo com diversas pesquisas. Nesse cenário, a demanda por alimentos mais acessíveis, práticos e capazes de evitar desperdícios se acentuou, tornando mais oportunos, por exemplo, os peixes e frutos do mar oferecidos em porções menores ou pré-preparados. Os produtos com esse perfil vão fortalecer a 18ª Semana do Pescado, que ocorre entre os dias 1º e 15 de setembro de 2021.

Os produtos porcionados e pré-preparados facilitam uma mudança de hábito imposta pela pandemia. Até 2019, segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), 60% do consumo brasileiro de pescados era feito fora do lar. As restrições à circulação de pessoas e ao funcionamento de bares e restaurantes levaram a uma queda no giro, que vem se recuperando graças ao aumento do consumo nas residências. “Tanto que o varejo já registrou, nos últimos meses, um crescimento de 30% nas vendas de pescados”, relata Eduardo Ono, presidente da CNA.

O varejo aquecido inspirou a Seara. Em março, a empresa tornou-se a primeira gigante do mercado de proteína animal a oferecer peixes e frutos do mar congelados. Os produtos são comercializados em porções de até 600 gramas, com filés e unidades congelados um a um, permitindo ao consumidor usar apenas o que precisar e guardar o restante para outra ocasião. O carro-chefe é o Filé de Tilápia, peixe mais consumido no Brasil. No entanto, há ainda destaques como Kit Paella (que inclui tentáculos de polvo na composição e já vem com um sachê para preparo do caldo) e o Camarão Empanado, uma novidade da marca no mercado nacional.

Após estrear com 10 itens, a linha foi ampliada neste mês de agosto com mais 15, com novas opções de empanados, quatro itens de bacalhau nobre e de origem tradicionalmente portuguesa e novas opções de pescados para o dia a dia, entre elas porções reduzidas (200g) de camarão descascado e sem cabeça. Para facilitar o uso pelo consumidor, as embalagens agora estampam um QR code, que, lido por smartphones ou tablets, leva o consumidor a um portal com receitas para os produtos.

Pulverização da oferta

Enquanto o consumo per capita de peixes e frutos do mar no Brasil é de cerca de 9 quilos por ano, a média mundial supera os 20 quilos, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO-ONU). Para estimular o consumo dessa proteína no Brasil, a Seara decidiu trabalhar com embalagens menores em toda a operação, inclusive na distribuição.

“A aceitação das caixas de embarque menores foi excelente em diversos canais, mas no pequeno varejo se mostrou uma grande vantagem”, conta Sandro Facchini, diretor do negócio de Pescados da Seara. “Quanto mais conseguirmos pulverizar a oferta nos pequenos varejos, mais colaboraremos para tornar os pescados mais acessíveis à população. Além disso, o comerciante obtém um complemento importante ao seu mix de valor agregado”.

Além de permitir ampliar a atuação no pequeno varejo, os peixes e frutos do mar em embalagens menores ou pré-preparados também favorecem as crescentes compras online de bens de largo consumo. Conforme aponta um relatório do Conselho Norueguês da Pesca (CNP), o comércio eletrônico já é responsável por quase 28% das vendas de supermercados no mundo, ou mais que o dobro do que se previa em 2015.

“As compras online estão se tornando muito importantes para a indústria de frutos do mar, à medida que consumidores estão comprando peixes e crustáceos nesses canais”, afirma Øystein Valanes, diretor do Conselho Norueguês da Pesca no Brasil. Para o executivo, os novos canais representam uma oportunidade para a conquista de novos consumidores, ainda mais devido ao aumento da preocupação das pessoas com a saúde e a adoção de dietas mais equilibradas. A íntegra do relatório pode ser baixada neste link.

O CNP dedica atenção especial ao Brasil pelo fato de o país ser o terceiro principal destino do Bacalhau da Noruega, atrás somente de Portugal e da República Dominicana. Em 2020, o mercado nacional recebeu a importação de 2 mil toneladas de Gadus morhua, além de 5 mil toneladas da espécie Saithe.

Sobre a 18ª Semana do Pescado

Em sua 18ª edição, a Semana do Pescado vai acontecer de 1º e 15 de setembro de 2021. Com ações promocionais e eventos gastronômicos, a campanha é organizada pelo próprio setor produtivo, depois de ter sido criada pelo extinto Ministério da Pesca. Considerada a “segunda quaresma”, a campanha busca estimular o consumo de pescado no cardápio do brasileiro durante o ano todo.

Com o suporte de entidades e empresas parceiras, os organizadores da Semana do Pescado pretendem descentralizar as ações dos grandes centros de produção e consumo de pescado para atingir todas as cidades brasileiras. Os resultados de edições anteriores mostram um aumento entre 30% e 50% nas vendas no varejo no período da campanha.

A edição de 2021 tem entre os patrocinadores a Alaska Seafood Institute, da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (ABIPESCA), Associação Brasileira de Fomento ao Pescado (ABRAPES), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Coletivo Nacional da Pesca e Aquicultura (CONEPE), Conselho Norueguês de Pesca, Sindicato dos Armadores de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (SAPERJ), Sindicato das Indústrias de Frio e Pesca no Estado do Ceará (SINDFRIO), Sindicato das Indústrias de Pesca dos Estados do Pará e Amapá (SINDIPESCA), Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (SINDIPI) e Sindicato da Indústria da Pesca no Estado de São Paulo (SIPESP). Também tem o apoio do Ministério da Agricultura, com destaque para a Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP/MAPA), do SEBRAE e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL).


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